sábado, 5 de setembro de 2015


A Ilha Das Flores 

  • Fatos 

A Ilha das Flores está localizada à margem esquerda do Rio Guaíba, a poucos quilômetros de Porto Alegre. Para lá é levada grande parte do lixo produzido na capital. Este lixo é depositado num terreno de propriedade de criadores de porcos. Logo que o
lixo é descarregado dos caminhões os empregados separam parte dele para o consumo dos porcos. Durante este processo começam a se formar filas de crianças e mulheres do lado de fora da cerca,
a espera da sobra do lixo, que utilizam para alimentação. Como as filas são muito grandes, os empregados organizam grupos de dez pessoas que, num tempo estipulado de cinco minutos, podem pegar o que conseguirem do lixo. Acabado o tempo, este grupo é retirado do local, dando lugar ao próximo grupo.


https://www.youtube.com/watch?v=e7sD6mdXUyg


terça-feira, 1 de setembro de 2015


Fome no capitalismo, Segundo a ONU-FAO.                                            
 Para entender  porque a fome é o maior problema solucionável que o mundo enfrenta hoje .

1.Aproximadamente 925 milhões de pessoas no mundo não  comem o suficiente para serem consideradas saudáveis . Isso significa que uma em cada sete pessoas no plante vai para a cama com fome todas as noite.(fonte:FAO,2012).
2.Embora o número de pessoas com fome tenha aumentado , na comparação com o percentual da população mundial, a fome na verdade caiu de 37% da população em 1969 para pouco mais de 16% da população em .(fonte:FAO,2010).
3. bem mais que a metade dos famintos do mundo - cerca de 578 milhões de pessoas - vivem na Ásia e na região do Pacífico.África responde por pouco mais de quarto da população com fome do mundo.(Fonte;FAO, O Estado da Insegurança Alimentar do Mundo, 2010)
4. A fome é o número um na lista dos 10 maiores riscos para a saúde . Ela mata mais pessoas anualmente do que AIDS, malária e tuberculose juntos.(fonte;UNAIDS, Relatório Global de 2010;OMS,Fome no mundo e Estatística Pobreza,2011).
5.Um terço das mortes entre crianças menores de cinco anos de idade nos países em desenvolvimento estão ligado á disnutrição.(Fonte:UNICEF, Relatório sobre Nutrição infantil, 2006).
 6. Os primeiros 1.000 dias da vida de uma criança, desde a gravidez até os dois anos de idade, são a janela crítica para combater a desnutrição. Uma dieta adequada neste período pode protegê-las contra o nanismo mental e físico, duas consequencias da desnutrição. (Fonte: Comitê Permanente da ONU sobre Nutrição, 2009).
7. Custa apenas 25 centavos de dólar por dia alimentar uma criança com todas as vitaminas e os nutrientes de que ela precisa para crescer saudável. (Fonte: PMA, 2011).
 8. Mães desnutridas muitas vezes dão à luz bebês abaixo do peso. Essas crianças tem 20% mais provabilidade de morrer antes dos cinco anos de idade. Cerca de 17 milhões de crianças nascem abaixo do peso a cada ano. (Fonte: UNICEF, Um Mundo para as Crianças, 2007).
 9. Em 2050, as alterações climáticas e os padrões climáticos irregulares levarão mais de 24 milhões de crianças à fome. Quase metade dessas crianças vivem na África Subsaariana. (Fonte: PMA, Mudanças Climáticas e Combate a Fome: Respondendo ao Desafio, 2009).
10. A fome é o único grande problema solucionável que o mundo enfrenta hoje.

Referência  bibliográfica:  https://www.fao.org.br/oqvpssf2012.asp

O Problema da fome no capitalismo
A primeira resposta  do capitalismo frente ás revoltas da fome foi a feroz repressão exercida pelos governos dos países onde estas ocorreram. É verdade que , ao mesmo tempo , os organismos internacionais como  o FMI e o Banco Mundial e os próprios  governos imprealista  têm insistido em afirmar sua profunda preocupação, bem como na necessidade de discutir e adotar medidas.
Na década de 90 quando queda da URSS e da restauração capitalista nos ex-Estados operários , o capitalismo declarou-se historicamente vitorioso, como único caminho para melhorar o nivel de vida da humanidade . Poucos anos depois dessa vitória , a crise dos alimentos e as revoltas da fome mostram os extremos de degradação a que leva o capitalismo imperalista : um sistema que não é capaz sequer de garantir os mais elementos dos direitos humanos (a comida para todos  os habitantes do planeta ), condenado centenas de milhões a morrer de fome .
Nesse “sistema” constituído pelo grande processo de trocas voluntárias e a busca de lucro, é muito fácil perceber que uma forma inevitável de se fazer dinheiro é justamente produzir alimentos. Mas produzir alimentos em pequena escala, para uma pequena elite, embora possa ser algo lucrativo até certo nível, nunca vai superar a venda em massa por todo o mundo de alimentos produzidos a baixo custo em lucratividade. Tendo isso em vista, empresários de todo o mundo investem em tecnologia para produção de comida em ampla escala, reduzindo os custos e, devido a isso e à concorrência, os preços.
Dessa forma, com abundância de alimentos produzidos, preços em queda e uma distribuição mundial à medida do possível, mais e mais pobres vão podendo acabar de uma vez por todas com sua fome. Para termos uma ideia, atualmente 1 em cada 8 pessoas no mundo não come o suficiente para se manter saudável, segundo a FAO (Food and Agricuture Organization). Pondo em números um pouco mais diretos, 842 milhões de pessoas ainda não comem satisfatoriamente, ou seja, passam fome. Embora ainda se trate de um número enorme de pessoas, o que temos é que, num mundo considerado majoritariamente capitalista, menos de 12% da população mundial passa fome a níveis críticos.
Muitos podem pensar que, uma vez que o ideal seria zero pessoa faminta e muitos atribuem a culpa disso ao capitalismo. Todavia, é preciso investigar quais são as causas dessa fome, porque essas pessoas ainda não estão comendo como gostariam, e, além disso, observar se, em um mundo considerado majoritariamente capitalista, estamos vivendo melhoras ou pioras.
Primeiramente, observemos o mapa mundial da fome de 2014, disponibilizado pela WFP (World Food Programme), a maior agência humanitária de combate à fome.
Com esse mapa, é possível ver que a fome em geral se concentra, basicamente, na África, sobretudo a subsaariana, e numa grande região da Ásia. Parte da América do Sul, da América Central e da Oceania também contém algum nível alarmante de fome, segundo o mapa, mas certamente, a principal concentração está na África e na Ásia.Sob esse aspecto, podemos investigar o que leva a esses países a passarem tanta fome. Facilmente se associa essa concentração de fome ao fato de serem países pobres – e ser pobre num sistema capitalista implica não poder pagar pela comida e assim passar fome.
Essa é uma análise superficialmente correta. Obviamente, a fome está relacionada com a pobreza, contudo a pobreza não está relacionada diretamente com o capitalismo, mas, basicamente, com a ausência dele. Muitos explicam a causa da pobreza desses países como o fato de outros serem ricos (“não há ricos sem pobres”), porém esquecem que, basicamente, todos nós nascemos pobres e sem recursos e dependemos de nossos pais e do que a nossa sociedade herdou da produção do passado (seja conhecimento ou recursos) para nos sustentarmos e melhorarmos de vida. Não há prova maior sobre isso quando vemos que o mundo inteiro fica mais e mais rico.
Para se ter uma ideia, a ONU estabeleceu as metas chamadas Millenium Development Goals (MDG’s), que são objetos a serem atingidos no sentido de promover o desenvolvimento do mundo. Tais metas estão marcadas em um prazo entre 1990 e 2015. Um deles é, basicamente, reduzir pela metade a extrema pobreza no mundo.
Da mesma forma, a mesma meta foi estabelecida para os que passam fome: erradicar metade da fome mundial até 2015 é uma meta que, segundo a ONU, será praticamente atingida no final de 2015.
Dessa forma, o que temos é, apesar de toda a visão pessimista quanto à pobreza e à fome no Capitalismo, sim, os números vêm melhorando, demonstrando que, no mínimo, o capitalismo não consegue “impedir” que as necessidades das pessoas sejam sanadas (e com uma velocidade considerável).
Agora olhemos o mapa da fome novamente para analisarmos o que realmente causa essa pobreza e, por consequência, a fome? Será que é a presença do Capitalismo? Sabendo que o mundo como um todo vem ficando mais rico e que mesmo os mais pobres vêm crescendo em renda desde a Revolução Industrial, muitas vezes, mais rapidamente que os próprios ricos, podemos assumir que é improvável que o Capitalismo esteja “causando” a pobreza alheia. Logo, se não é o Capitalismo, o que seria?
Nas regiões de maior concentração de fome encontramos também não só uma correlação com maior concentração de pobreza, mas também correlação com os menores índices de liberdade econômica do mundo, ou seja, menos capitalismo. Vejamos o mapa da Heritage Foundation sobre liberdade econômica no mundo (http://www.heritage.org/index/heatmap). Da mesma forma que na fome, observamos também o foco de pouquíssima liberdade econômica nos continentes africanos e asiáticos (essa concentração também ocorre na América do Sul, que também possui níveis de fome alarmantes em uma parte considerável do continente).
Nesse mapa, podemos enxergar uma evidência para a causa dessa fome: em países africanos e asiáticos, observamos pouca presença de capitalismo de fato, onde as pessoas são restringidas ao mercado, tendo pouco acesso, não somente ao dinheiro (para pagar pela comida), mas a oportunidade de trabalho gerada por um mercado fortemente presente e aquecido, que vemos em regiões de liberdade econômica.
Esse fato também pode ser observado nos anos posteriores à Revolução Industrial, época em que a perspectiva de vida, que não passava de 40 anos em nenhum país, deu um salto de tal forma que, hoje, quase nenhum país tem uma expectativa tão baixa. Devemos considerar também um salto na magnitude da população mundial desde aquela época, ou seja, não só as pessoas que já viviam puderam viver mais, mas muito mais pessoas que vieram ao mundo experimentaram essas perspectivas superiores. Isso passa, necessariamente, por uma alimentação que permita à pessoa ser saudável, o que nos leva a crer que, contrariando as expectativas pessimistas quanto ao Capitalismo, sim o Capitalismo vem retirando mais e mais pessoas do quadro da fome.
Ainda sobre as causas da fome nesses países, podemos considerar também que tais países africanos e asiáticos, muitos deles, se mantém sob regime de ditadura e/ou em guerras civis, todos eles, basicamente juntos, cercados pela miséria dos vizinhos e com muita dificuldade de realizar comércio com o mundo. Isso indica um agravante, pois os cidadãos não teriam muitas opções para onde fugir ou, pelo menos, para contornar parte desse problema (realizando trocas com o exterior para mitigar a fome nesses países). Esse fenômeno é suavizado na América do Sul, por exemplo, pois esses países estão mais próximos de outros países mais capitalistas além de manter uma maior liberdade de comercialização entre outros países. Para confirmar essa observação, podemos ver o mapa da Heritage Foundation observando somente o quesito “liberdade de troca” com outros países (Trade Freedom):