O Problema da fome no capitalismo
A primeira resposta do capitalismo frente ás revoltas da fome foi a feroz repressão exercida pelos governos dos países onde estas ocorreram. É verdade que , ao mesmo tempo , os organismos internacionais como o FMI e o Banco Mundial e os próprios governos imprealista têm insistido em afirmar sua profunda preocupação, bem como na necessidade de discutir e adotar medidas.
Dessa forma, com abundância de alimentos produzidos, preços em queda e uma distribuição mundial à medida do possível, mais e mais pobres vão podendo acabar de uma vez por todas com sua fome. Para termos uma ideia, atualmente 1 em cada 8 pessoas no mundo não come o suficiente para se manter saudável, segundo a FAO (Food and Agricuture Organization). Pondo em números um pouco mais diretos, 842 milhões de pessoas ainda não comem satisfatoriamente, ou seja, passam fome. Embora ainda se trate de um número enorme de pessoas, o que temos é que, num mundo considerado majoritariamente capitalista, menos de 12% da população mundial passa fome a níveis críticos.
Muitos podem pensar que, uma vez que o ideal seria zero pessoa faminta e muitos atribuem a culpa disso ao capitalismo. Todavia, é preciso investigar quais são as causas dessa fome, porque essas pessoas ainda não estão comendo como gostariam, e, além disso, observar se, em um mundo considerado majoritariamente capitalista, estamos vivendo melhoras ou pioras.
Primeiramente, observemos o mapa mundial da fome de 2014, disponibilizado pela WFP (World Food Programme), a maior agência humanitária de combate à fome.
A primeira resposta do capitalismo frente ás revoltas da fome foi a feroz repressão exercida pelos governos dos países onde estas ocorreram. É verdade que , ao mesmo tempo , os organismos internacionais como o FMI e o Banco Mundial e os próprios governos imprealista têm insistido em afirmar sua profunda preocupação, bem como na necessidade de discutir e adotar medidas.
Na década de 90 quando queda da URSS e da restauração capitalista nos ex-Estados operários , o capitalismo declarou-se historicamente vitorioso, como único caminho para melhorar o nivel de vida da humanidade . Poucos anos depois dessa vitória , a crise dos alimentos e as revoltas da fome mostram os extremos de degradação a que leva o capitalismo imperalista : um sistema que não é capaz sequer de garantir os mais elementos dos direitos humanos (a comida para todos os habitantes do planeta ), condenado centenas de milhões a morrer de fome .Nesse “sistema” constituído pelo grande processo de trocas voluntárias e a busca de lucro, é muito fácil perceber que uma forma inevitável de se fazer dinheiro é justamente produzir alimentos. Mas produzir alimentos em pequena escala, para uma pequena elite, embora possa ser algo lucrativo até certo nível, nunca vai superar a venda em massa por todo o mundo de alimentos produzidos a baixo custo em lucratividade. Tendo isso em vista, empresários de todo o mundo investem em tecnologia para produção de comida em ampla escala, reduzindo os custos e, devido a isso e à concorrência, os preços.
Dessa forma, com abundância de alimentos produzidos, preços em queda e uma distribuição mundial à medida do possível, mais e mais pobres vão podendo acabar de uma vez por todas com sua fome. Para termos uma ideia, atualmente 1 em cada 8 pessoas no mundo não come o suficiente para se manter saudável, segundo a FAO (Food and Agricuture Organization). Pondo em números um pouco mais diretos, 842 milhões de pessoas ainda não comem satisfatoriamente, ou seja, passam fome. Embora ainda se trate de um número enorme de pessoas, o que temos é que, num mundo considerado majoritariamente capitalista, menos de 12% da população mundial passa fome a níveis críticos.
Muitos podem pensar que, uma vez que o ideal seria zero pessoa faminta e muitos atribuem a culpa disso ao capitalismo. Todavia, é preciso investigar quais são as causas dessa fome, porque essas pessoas ainda não estão comendo como gostariam, e, além disso, observar se, em um mundo considerado majoritariamente capitalista, estamos vivendo melhoras ou pioras.
Primeiramente, observemos o mapa mundial da fome de 2014, disponibilizado pela WFP (World Food Programme), a maior agência humanitária de combate à fome.
Com esse mapa, é possível ver que a fome em geral se concentra, basicamente, na África, sobretudo a subsaariana, e numa grande região da Ásia. Parte da América do Sul, da América Central e da Oceania também contém algum nível alarmante de fome, segundo o mapa, mas certamente, a principal concentração está na África e na Ásia.Sob esse aspecto, podemos investigar o que leva a esses países a passarem tanta fome. Facilmente se associa essa concentração de fome ao fato de serem países pobres – e ser pobre num sistema capitalista implica não poder pagar pela comida e assim passar fome.
Essa é uma análise superficialmente correta. Obviamente, a fome está relacionada com a pobreza, contudo a pobreza não está relacionada diretamente com o capitalismo, mas, basicamente, com a ausência dele. Muitos explicam a causa da pobreza desses países como o fato de outros serem ricos (“não há ricos sem pobres”), porém esquecem que, basicamente, todos nós nascemos pobres e sem recursos e dependemos de nossos pais e do que a nossa sociedade herdou da produção do passado (seja conhecimento ou recursos) para nos sustentarmos e melhorarmos de vida. Não há prova maior sobre isso quando vemos que o mundo inteiro fica mais e mais rico.
Para se ter uma ideia, a ONU estabeleceu as metas chamadas Millenium Development Goals (MDG’s), que são objetos a serem atingidos no sentido de promover o desenvolvimento do mundo. Tais metas estão marcadas em um prazo entre 1990 e 2015. Um deles é, basicamente, reduzir pela metade a extrema pobreza no mundo.
Da mesma forma, a mesma meta foi estabelecida para os que passam fome: erradicar metade da fome mundial até 2015 é uma meta que, segundo a ONU, será praticamente atingida no final de 2015.
Dessa forma, o que temos é, apesar de toda a visão pessimista quanto à pobreza e à fome no Capitalismo, sim, os números vêm melhorando, demonstrando que, no mínimo, o capitalismo não consegue “impedir” que as necessidades das pessoas sejam sanadas (e com uma velocidade considerável).
Agora olhemos o mapa da fome novamente para analisarmos o que realmente causa essa pobreza e, por consequência, a fome? Será que é a presença do Capitalismo? Sabendo que o mundo como um todo vem ficando mais rico e que mesmo os mais pobres vêm crescendo em renda desde a Revolução Industrial, muitas vezes, mais rapidamente que os próprios ricos, podemos assumir que é improvável que o Capitalismo esteja “causando” a pobreza alheia. Logo, se não é o Capitalismo, o que seria?
Nas regiões de maior concentração de fome encontramos também não só uma correlação com maior concentração de pobreza, mas também correlação com os menores índices de liberdade econômica do mundo, ou seja, menos capitalismo. Vejamos o mapa da Heritage Foundation sobre liberdade econômica no mundo (http://www.heritage.org/index/heatmap). Da mesma forma que na fome, observamos também o foco de pouquíssima liberdade econômica nos continentes africanos e asiáticos (essa concentração também ocorre na América do Sul, que também possui níveis de fome alarmantes em uma parte considerável do continente).
Nesse mapa, podemos enxergar uma evidência para a causa dessa fome: em países africanos e asiáticos, observamos pouca presença de capitalismo de fato, onde as pessoas são restringidas ao mercado, tendo pouco acesso, não somente ao dinheiro (para pagar pela comida), mas a oportunidade de trabalho gerada por um mercado fortemente presente e aquecido, que vemos em regiões de liberdade econômica.
Esse fato também pode ser observado nos anos posteriores à Revolução Industrial, época em que a perspectiva de vida, que não passava de 40 anos em nenhum país, deu um salto de tal forma que, hoje, quase nenhum país tem uma expectativa tão baixa. Devemos considerar também um salto na magnitude da população mundial desde aquela época, ou seja, não só as pessoas que já viviam puderam viver mais, mas muito mais pessoas que vieram ao mundo experimentaram essas perspectivas superiores. Isso passa, necessariamente, por uma alimentação que permita à pessoa ser saudável, o que nos leva a crer que, contrariando as expectativas pessimistas quanto ao Capitalismo, sim o Capitalismo vem retirando mais e mais pessoas do quadro da fome.
Ainda sobre as causas da fome nesses países, podemos considerar também que tais países africanos e asiáticos, muitos deles, se mantém sob regime de ditadura e/ou em guerras civis, todos eles, basicamente juntos, cercados pela miséria dos vizinhos e com muita dificuldade de realizar comércio com o mundo. Isso indica um agravante, pois os cidadãos não teriam muitas opções para onde fugir ou, pelo menos, para contornar parte desse problema (realizando trocas com o exterior para mitigar a fome nesses países). Esse fenômeno é suavizado na América do Sul, por exemplo, pois esses países estão mais próximos de outros países mais capitalistas além de manter uma maior liberdade de comercialização entre outros países. Para confirmar essa observação, podemos ver o mapa da Heritage Foundation observando somente o quesito “liberdade de troca” com outros países (Trade Freedom):
Enquanto podemos ver uma menor liberdade de trocas na África e na região de fome na Ásia, a América do Sul possui uma maior liberdade de trocas, exceto por quatro países (Venezuela, Argentina, Brasil e Suriname), sendo desses, três participantes do Mercosul, o que os permitem certa liberdade de troca com países que, ainda assim, tem maior contato com o capitalismo exterior
Referência Bibliográfica :http://liberzone.com.br/capitalismo-e-fome/
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